ISO 9001:2026 em revisão – O que já sabemos e como as organizações podem se preparar

Reconhecida globalmente como a principal referência para sistemas de gestão da qualidade, a ISO 9001 está passando por um novo processo de revisão, com previsão de publicação da próxima versão em setembro de 2026.

Recentemente, o Comitê Técnico ISO/TC 176 divulgou o segundo rascunho do documento — o CD2 (Committee Draft 2) — o que reacendeu discussões importantes sobre os rumos da norma e os impactos práticos que as possíveis mudanças podem trazer.

 

O que está em debate na revisão da ISO 9001:2026?

Veja os principais pontos levantados até o momento:

  1. Objetivos da Qualidade e sua mensuração
    O CD2 propõe que os objetivos sejam mensuráveis “quando viável”
  2. Processos terceirizados
    As orientações específicas sobre o controle de processos externalizados foram retiradas. 
  3. Abordagem de riscos e oportunidades
    O “pensamento baseado em risco” permanece.
  4. Digitalização e inovação tecnológica
    Temas como inteligência artificial, blockchain e big data são citados no novo Anexo A.
  5. Cláusula 8 – Operações
    Essa seção permanece praticamente inalterada, mantendo lacunas importantes relacionadas ao desenvolvimento de serviços, entrega de produtos e controle operacional eficaz.

 

O que as organizações devem considerar desde já?

Mesmo em fase de rascunho, o CD2 já indica caminhos importantes que as empresas podem começar a explorar:

 

  • Investir em tecnologias digitais: A ISO 9001:2026 tende a abrir espaço para a integração de novas ferramentas, mesmo que de forma indireta. Comece a preparar sua estrutura para isso.
  • Incorporar sustentabilidade à gestão: O destaque para mudanças climáticas e partes interessadas mostra que o tema está ganhando força e deve ser tratado de forma estratégica nos sistemas de gestão.

 

A revisão da ISO 9001 traz à tona desafios importantes, mas também abre oportunidades para evoluir na gestão da qualidade com mais foco em inovação, sustentabilidade e adaptação às novas demandas do mercado.

Mais do que nunca, é essencial que as organizações acompanhem de perto o processo de revisão e participem ativamente das discussões — afinal, são elas as principais impactadas (e beneficiadas) por uma norma que reflete a realidade atual dos negócios.

 

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